
A história do rock no Brasil começa na década de 50, um pouco depois da eclosão do gênero nos Estados Unidos. Os lançamentos dos filmes “Sementes da Violência” (Blackboard Jungle,






A fase de versões de sucessos norte-americanos prosseguiu no começo dos anos 60, mas pelo menos com ídolos que se identificavam com a juventude, como os irmãos
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tropicalista era justamente a de incluir os instrumentos eletrificados e as sonoridades do rock e misturá-las com os ritmos tipicamente brasileiros. Pretendiam os tropicalistas realizarem na canção a proposta do Manifesto Antropofágico, feita pelo movimento modernista cerca de quatro décadas antes.
Isto é, incorporar o que de mais moderno está acontecendo na arte no exterior e a partir daí produzir
uma arte brasileira, original, moderna e internacional. No tropicalismo, quem melhor realizou isso em relação ao rock foram Os Mutantes, que misturaram ao rock psicodélico da época elementos do samba, da umbanda e da música caipira, entre outros. Pela qualidade e inventividade de suas canções, Os Mutantes tornaram-se um grupo de rock nacional com espaço na imprensa especializada internacional e uma referência de um rock brasileiro e alternativo.
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No caminho aberto pelos Mutantes, vieram Os Novos Baianos e Alceu Valença com uma mistura de rock e ritmos brasileiros, como o samba e o forró. Outras incursões originais do rock nacional na primeira metade da década de 70 foram os
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o rock da segunda metade dos anos 70 no Brasil era pouco criativo e não foi páreo para a invasão da música disco (discotéque), que dançante, sensual e bem humorada varreu o rock da mídia e das paradas de sucesso.
A reação viria na década de 80. Totalmente inspirado pelos movimentos do rock internacional do final

dos anos 70 e começo dos 80, como o punk-rock, o pós-punk britânico, a new wave e o rock gótico, entre outros, surge na década de 80 um rock mais próximo do pop, construído por novos nomes vindos principalmente de São Paulo, Rio, Brasília, Salvador e Porto Alegre, e embalado pelo processo de redemocratização que o Brasil vivia, após quase duas décadas de ditadura militar.

O país passa também a receber nos anos 80 mais shows dos grandes nomes do rock internacional. O ponto alto dessa nova realidade foi a realização em 1985 do Rock in Rio, que reuniu artistas de peso vindos do exterior com a nova safra do rock brasileiro oitentista. Sucesso estético e comercial, o poprock brasileiro dos anos 80
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Mas, da mesma forma que a disco music atropelou um rock esgotado no final dos anos 70, o pop-rock brasileiro já sem muita inventividade ao final dos anos 80 foi suplantado pela onda do pop sertanejo e da axé music que varreu o país na virada para os anos 90.
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A recuperação do rock nacional na década de 90 vem do sucesso internacional do grupo de thrash metal Sepultura, da mistura de punk-rock com ritmos nacionais de os Raimundos e da originalidade do movimento manguebeat, que surge em Pernambuco e surpreende o cenário do pop-rock nacional. A fusão do maracatu com rock, música

o manguebeat ao lado do tropicalismo os únicos momentos de um rock brasileiro inventivo e com potencial para se internacionalizar. Mas a morte prematura de Chico Science, um dos expoentes do movimento, tirou bastante do fôlego do manguebeat para essa trajetória.
A partir da segunda metade dos anos 90, o rock brasileiro assistiu ao ressuscitar de bandas e sucessos do pop-rock brasileiro dos anos 80. Impulsionadas pela série Acústico, promovida pela MTV Brasil, uma série de grupos como Titãs, Capital Inicial, Paralamas do Sucesso, Ultraje a Rigor
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paradas de sucesso. O que provava que nada de muito novo estava acontecendo no mainstream dorock nacional naquele momento.
O novo milênio para o rock brasileiro começou com o sucesso mais lá fora do que no país do Cansei de Ser Sexy, grupo ligado à cena indie rock. E é dessa cena indie, assim como nos Estados Unidos e no Reino Unido, que surgem as principais novidades do rock nacional nos anos 2000, numa confirmação de que, salvo o tropicalismo e o manguebeat, as mortes e ressurreições do rock brasileiro praticamente acompanharam os altos e baixos e as tendências internacionais do gênero.

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